"As Crianças e o Holocausto"
Documento de identificação de . Fonte: Unesco |
Boneca encontrada no campo de concentração de Auschwitz. Fonte: Museu de Auschwitz em linha |
Assinalam-se hoje 67 anos sobre a libertação de Auschwitz-Birkenau-Monowitz[1], o maior campo de extermínio nazi. O dia 27 de janeiro foi escolhido pelas Nações Unidas para recordar anualmente os milhões de vítimas do holocausto nazi.
No ano de 2012, a evocação do Dia Internacional da Memória do Holocausto centra-se em torno do tema “As Crianças e o Holocausto”. Com este tema, a ONU pretende lembrar o milhão e meio de crianças judias que pereceram no Holocausto, a par das centenas de milhar de crianças de etnia cigana (Roma e Sinti), portadoras de deficiência e outras, que sofreram e morreram sob o regime nazi. Enquanto algumas crianças conseguiram sobreviver, escondendo-se ou refugiando-se, muitas outras foram vítimas de experiências médicas ou enviadas para as câmaras de gás, imediatamente após a sua chegada aos campos de concentração.
Embora as crianças enquanto tal só pontualmente tivessem sido alvos da violência nazi, foram contudo frequentemente perseguidas juntamente com as suas famílias por motivos étnicos, religiosos ou políticos. As probabilidades de sobrevivência das crianças vítimas da solução final variaram muito em função da sua idade, sendo as possibilidades de sobrevivência um pouco mais elevadas para crianças mais velhas, uma vez que poderiam realizar trabalhos forçados em campos de concentração e guetos, ao contrário das crianças mais jovens, frequentemente mortas no momento em que ingressavam nos campos.
[1] Auschwitz foi o maior campo de concentração e de extermínio erguido pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Era um complexo de vários campos que incluía um campo de concentração, um campo de extermínio e um campo de trabalhos forçados, construídos perto da cidade polaca de Oswiecim (Auschwitz, em alemão). Nas câmaras de gás de Auschwitz terão sido mortas um milhão e meio de pessoas.