"Basta a minha voz para que o mundo tenha uma voz. Quando ele se cala, a culpa também é minha." (Simone de Beauvoir)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Parlamento Europeu discute propostas para combater casamentos forçados

Foto que venceu a competição anual "UNICEF Foto do Ano", em 2007
A imagem é da fotógrafa norte-americana Stephanie Sinclair e dá conta de um casamento no Afeganistão. A noiva, Ghulam, é ainda uma criança que acabou de fazer 11 anos. O noivo,  Mohammed, tem mais de 40 anos.

Segundo um estudo da UNICEF divulgado no passado mês de outubro em Nova Iorque (aqui), mais de 100 milhões de meninas podem ser vítimas de casamentos precoces e forçados na próxima década. Atualmente, um terço das mulheres dos países em desenvolvimento, entre os 20 e os 24 anos, foi forçado a casar-se com menos de 18 anos. O estudo mostra ainda que grande parte das vítimas de casamentos forçados é proveniente das camadas mais marginalizadas e vulneráveis da sociedade.

Com o casamento precoce e forçado, não são apenas as aspirações das jovens que são destruídas. Também a sua saúde corre sérios riscos, pois o casamento conduz à maternidade, para a qual as noivas adolescentes não estão física e psicologicamente preparadas. A maioria dos casamentos precoces ocorre em países em desenvolvimento e, especialmente, na Índia (com cerca de 40 por cento), onde os maridos são, em média, dez anos mais velhos que as jovens.

O casamento precoce e forçado não é, porém, uma realidade a que a Europa esteja imune, como mostra um estudo recente sobre a realidade alemã, apresentado pela ministra da Família daquele país, Kristina Schröder, na sequência do qual o governo alemão acaba de aprovar uma lei para qualificá-lo como delito penal, punível com até cinco anos de prisão. Daí a importância da discussão que acontece neste momento no Parlamento Europeu.

Notícia e vídeo relativos à discussão no Parlamento Europeu aqui:

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