"Basta a minha voz para que o mundo tenha uma voz. Quando ele se cala, a culpa também é minha." (Simone de Beauvoir)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

27 de janeiro - Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

"As Crianças e o Holocausto"


Documento de identificação de Anny-Yolande, uma criança judia
deportada para Auschwitz quando tinha apenas 9 anos. Fonte: Unesco

Boneca encontrada no campo de concentração de Auschwitz.
Fonte: Museu de Auschwitz em linha

Assinalam-se hoje 67 anos sobre a libertação de Auschwitz-Birkenau-Monowitz[1], o maior campo de extermínio nazi. O dia 27 de janeiro foi escolhido pelas Nações Unidas para recordar anualmente os milhões de vítimas do holocausto nazi.

No ano de 2012, a evocação do Dia Internacional da Memória do Holocausto centra-se em torno do tema “As Crianças e o Holocausto”. Com este tema, a ONU pretende lembrar o milhão e meio de crianças judias que pereceram no Holocausto, a par das centenas de milhar de crianças de etnia cigana (Roma e Sinti), portadoras de deficiência e outras, que sofreram e morreram sob o regime nazi. Enquanto algumas crianças conseguiram sobreviver, escondendo-se ou refugiando-se, muitas outras foram vítimas de experiências médicas ou enviadas para as câmaras de gás, imediatamente após a sua chegada aos campos de concentração.

Embora as crianças enquanto tal só pontualmente tivessem sido alvos da violência nazi, foram contudo frequentemente perseguidas juntamente com as suas famílias por motivos étnicos, religiosos ou políticos. As probabilidades de sobrevivência das crianças vítimas da solução final variaram muito em função da sua idade, sendo as possibilidades de sobrevivência um pouco mais elevadas para crianças mais velhas, uma vez que poderiam realizar trabalhos forçados em campos de concentração e guetos, ao contrário das crianças mais jovens, frequentemente mortas no momento em que ingressavam nos campos.

[1] Auschwitz foi o maior campo de concentração e de extermínio erguido pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Era um complexo de vários campos que incluía um campo de concentração, um campo de extermínio e um campo de trabalhos forçados, construídos perto da cidade polaca de Oswiecim (Auschwitz, em alemão). Nas câmaras de gás de Auschwitz terão sido mortas um milhão e meio de pessoas.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Martin Luther King, Jr. nasceu há 82 anos


«Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém, há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis
.»

Atribuído a Bertold Brecht (1898-1956)

 
Martin Luther King Jr. acenando a uma multidão de 250 mil pessoas de todas as etnias,
reunidas na capital dos Estados Unidos da América, a 28 de agosto de 1963,
após a Marcha para Washington. Foi neste dia que pronunciou o seu mais famoso discurso "Eu tenho um sonho".

O homem

Martin Luther King Jr. nasceu a 15 de janeiro de 1929, em Atlanta, no estado norte-americano da Geórgia. Filho de um pastor protestante da igreja batista e de uma organista, Luther King Jr. formou-se em advocacia e escolheu, aos 25 anos, ser ordenado pastor, à semelhança do seu pai. Tendo crescido no Sul dos EUA, região profundamente racista, muito cedo toma consciência das injustiças da sociedade segregacionista norte-americana e, a partir de 1955, desempenha um papel crucial como líder do movimento pacifista pelos direitos civis dos afroamericanos nos EUA.

Ao longo da sua (curta) vida participou ainda em diversos protestos contra a Guerra do Vietname, a discriminação das mulheres e a pobreza em geral. Em 1964, em reconhecimento da sua luta em prol dos direitos civis e do fim da segregação racial no seu país, recebeu o Prémio Nobel da Paz. Foi assassinado a 4 de abril de 1968, em Menfis.

A luta

Nos anos 50 do século passado, a segregação racial estava ainda consagrada na lei de numerosos estados dos EUA. A capacidade oratória e mobilizadora de Martin Luther King, bem como sua opção por um movimento ativo, mas ainda assim não-violento, de reivindicação de direitos fundamentais dos negros americanos, foram cruciais para a declaração de inconstitucionalidade da segregação racial nos EUA.

Como tudo começou? Em 1955, a recusa da costureira negra Rosa Parks em ceder o seu lugar no autocarro a um passageiro branco deu origem a um boicote aos meios de transporte públicos. Um advogado e pastor, até então desconhecido, Martin Luther King, aceitou liderar este protesto, alertando o país e o mundo para as injustiças da segregação racial. Em 1956, após mais de 300 dias de um boicote e manifestações, que progressivamente se estenderam de Montgomery (cidade de Rosa Parks) a todo o país, o Supremo Tribunal americano declarou inconstitucional a lei de segregação nos meios de transporte.

Com frequência, Martin Luther King é recordado pela sua retórica mobilizadora e pela Marcha sobre Washington por Trabalho e Liberdade, no final da qual pronunciou o seu mais famoso discurso, "Eu tenho um sonho" ("I have a Dream"), frente ao simbólico Memorial Lincoln. Esta marcha pacífica pelos direitos humanos, que aconteceu a 28 de agosto de 1963, reuniu mais de 250 mil pessoas de todas as etnias na capital norte-americana e a sua repercussão nacional e internacional foram decisivas para o fim do racismo legalizado e institucionalizado nos EUA. Em 1964 foi aprovada uma lei que poria fim à segregação racial nos EUA (Civil Rights Act of 1964). Em 1965, os afroamericanos conquistaram finalmente o direito de voto (1965 Voting Rights Act).

Fontes:
"Martin Luther King" In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-12-08], disponível em http://www.infopedia.pt/$martin-luther-king
"Rosa Parks" In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-12-08], disponível em  http://www.infopedia.pt/$rosa-parks
 "O rei da nova América" (abril, 1968) In Veja na História [Em linha], disponível em http://veja.abril.com.br/historia/morte-martin-luther-king/biografia-pastor-rei-nova-america.shtml [Consult. 2011-12-08]





sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

APAV lança campanha "Corta com a Violência"

"Corta com a Violência: Quem não te respeita não te merece"


"A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) lançou ontem a campanha “Corta com a Violência: quem não te respeita não te merece”. A iniciativa visa sensibilizar, em particular os mais jovens, para algumas formas de violência que têm lugar no contexto escolar, designadamente, o bullying, a violência sexual e a violência no namoro.

Por outro lado, a campanha pretende também chamar a atenção para outras formas de violência, ainda que mais subtis, e frequentemente menos valorizadas quer pelos jovens, quer pela comunidade em geral: o gozo, a humilhação e intimidação, os comentários e toques de natureza sexual, assim como as atitudes controladores nos relacionamentos de namoro." (Fonte: APAV, 12 de janeiro de 2012)

"No ano lectivo anterior, 2009/2010, registaram-se 4713 ocorrências em contexto escolar. Em cada 100 ocorrências, 33 consistiram em ofensas à integridade física, 27 em furtos, 11 em injúrias e ameaças, sete em situações de roubo e aproximadamente três em ofensas sexuais. As escolas estão actualmente obrigadas a reportar ao MEC as ocorrências de violência ocorridas nos seus recintos." (Fonte: Público, 12 de janeiro de 2012)


sábado, 7 de janeiro de 2012

Publicidade e a objetificação do corpo

Jean Kilbourne, uma investigadora feminista que se tem dedicado à relação entre a imagem das mulheres e a publicidade, apresenta-nos alguns exemplos de como a publicidade não só é responsável por uma distorção da mulher em relação ao seu corpo (e sabemos como tal pode ser devastador, principalmente no caso de mulheres muito jovens e adolescentes), mas também como a objetificação do corpo feminino que a publicidade multiplica pode efetivamente fomentar a violência.
A ver e ouvir com atenção:


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Vamos combater o racismo! (nova campanha das Nações Unidas)

Nenhuma sociedade, grande ou pequena, livre ou não livre, rica ou pobre, é imune ao racismo, à xenofobia e à intolerância.

Numa tentativa de combater e erradicar o racismo, a xenofobia e a intolerância, o Gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR) lançou uma campanha intitulada Let’s Fight Racism! (Vamos combater o racismo!).

Diz-se no sítio da Campanha: "O racismo, a xenofobia e a intolerância são problemas prevalentes em todas as sociedades. Cada um de nós pode contribuir tanto para a perpetuação quanto para a eliminação do racismo e das atitudes intolerantes".

 


Perfil da Campanha no Facebook aqui